CLÉIA VIANNA

Sobre Museus...

Amigos navegantes estou de volta com o tema ARTE, hoje voltada para MUSEU, estudo do meu encontro com a museologia, nos três últimos dias da semana passada...foi maravilhoso! A oficina foi ministrada pelo Marcio Rangel do IPHAN-RJ, (ele sabe muitoooo!!!) e pela SEC. O tema era plano museológico, mas o estudo era da Instituição Museu como MEMÓRIA e PODER.

Então vou contar um pouquinho mas en passant... porque o tema me fascina e quero dividir um pouco com vcs....mas não quero ser chata, especialmente para aqueles que não tem interesse no assunto... esses navegantes eu já peço desculpas adiantada! :)

O tempo passado e o processo de construção nos Museus estão ligados diretamente á memória, que nos permite acumular para o futuro. Os museus também são agentes de produção de conhecimento, conservam estudam e difundem conhecimentos de interesse geral.

As exposições são recortes da realidade, onde não há neutralidade. Sua construção depende da perspectiva de onde se fala: país, classe social, cidade, objetos, sentidos... Enfim, são narrativas que dialogam com a sociedade, numa escolha que não é única.

Sabe navegantes, isso tudo são definições acadêmicas, mas uma das coisas mais bacana é a gente fazer pequenas descobertas, prestar atenção nos detalhes...e assim foi o que aconteceu ao ficar face-to-face com a realidade dos Museus, descobrir que nós que trabalhamos com essa área, trabalhamos com duas vertentes antagônicas... a MEMÓRIA e o ESQUECIMENTO, isso mesmo, o esquecimento está diametralmente ligado ao processo de memória dos museus, sabe como?...está presente no processo de seleção e da curadoria dos objetos. Na hora de fazer o recorte da realidade para o espaço expositivo, estamos garantindo que “aquela” parte selecionada será preservada, mas a “outra” parte que não foi selecionada (que não passou pelo crivo, por assim dizer!) essa... estamos colocando no esquecimento...é fantástico essa descoberta!!!

Agora muita calma nessa hora...os acervos que estão selecionados nos museus ou galerias de artes, é verdade que são constituídos de fragmentos de uma realidade, mas as coleções que estão expostas nos espaços, essas em muitos casos, o público toma conhecimento de pelo menos “quase” tudo, uma vez que as exposições são temporárias, ou mesmo as de caráter permanentes, sempre os objetos são renovados. E muitos museus permitem uma “passadela de olhar” pela reserva técnica, onde se guardam as coleções, com raríssimas exceções quase nunca se adentra a uma reserva técnica por razões de segurança.

Para melhor entender:
A origem do vocábulo MUSEU vem do grego mouseion, remonta ao templo das musas, filhas de Mnemósine (Memória), que protegem as Artes e a História. A deusa Memória dava aos poetas e adivinhos o poder de voltar ao passado e de lembrá-los para a coletividade.

Bem amigos navegantes...como disse é tudo muito en passant, para não ficar chato...mas na próxima semana volto com força total...fica aqui o meu desejo de uma semana iluminada, com alívio para todas as tensões do dia-a-dia! Um beijo em seu coração...e um lindo fim de tarde!..fuuuiiiiiiiii